Muitas de nós leitores
conhecemos a versão do Walt Disney do lindo conto infantil “A Pequena Sereia”,
onde mostra a historia apaixonante da pequena sereia que abre mão da vida no
mar, para viver um amor com um humano. Para quem nunca leu o texto original de
Hans Christian Andersen fica surpreso com a narrativa dessa protagonista.
No livro a caçula do Rei do
Mar, se apaixonou pelo príncipe de olhos negros que ela salvou do naufrágio. Ela
entra em um dilema: como declarar seu amor a quem caminha sobre o seco? Para
isto, ela resolve paga um grande preço, ao procurar uma velha feiticeira pode
lhe conseguir um belo par de pernas que pode ajudá-la a conquistar seu príncipe.
Mas o preço para conquistar o que ela almeja será sua linda voz. Além disso,
terá de deixar para sempre o fundo do mar, podendo até morrer, caso não seja
correspondida. Um trato perigoso, mais como sempre nos contos românticos os
apaixonados nunca tem sensatez. Uma adaptação de Muriel Molhant , ambientado pelo
ilustrador Quentin Gréban em cenário oriental.
Conhecendo um pouco sobre o
autor:
Hans
Christian Andersen nasceu em Odense, na Dinamarca, no dia 2
de abril de 1805, no interior de uma família extremamente humilde. Ele era
filho de um jovem sapateiro de vinte e dois anos, casado com uma lavadeira mais
velha que ele.
Quando o pai morreu, em
1816, Hans teve que deixar seus estudos, quando tinha somente onze anos de
idade, embora já demonstrasse sua inclinação para a literatura e o teatro.
Ao completar 14 anos o
futuro escritor se mudou para Copenhague, capital de seu país, visando
transformar-se em cantor de ópera. Lá ele entrou em contato com o diretor do Teatro
Real, Jonas Collin, de quem se tornaria grande amigo. Esta amizade lhe vale o
ingresso neste órgão cultural, apesar de não ter passado nos testes vocais.
Nesta instituição ele atua como ator e bailarino, além de compor diversas
peças, embora seja visto por todos como um visionário.
Em 1828 ele ingressa na
Universidade de Copenhague, quando então já havia lançado vários livros,
atingindo a fama no âmbito mundial apenas em 1835, ao publicar seu livro O
Improvisador. Sua obra é composta de romances como este, de poemas e narrativas
de viagens, mas tornou-se realmente célebre por seus contos de fadas,
principalmente em um período no qual este gênero era muito raro. Andersen
editou seis volumes destes contos infantis, entre 1835 e 1872.
Suas narrativas mais conhecidas
são O Abeto, O Patinho Feio, A Caixinha de Surpresas, Os Sapatinhos Vermelhos,
O Pequeno Cláudio e o Grande Cláudio, O Soldadinho de Chumbo,
A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Rei e A Princesa e a Ervilha, entre outras. Hans prosseguiu na criação
de seus contos para crianças até 1872, publicando 156 histórias.
Em 1872, Andersen sofre uma
queda e segue com sua saúde debilitada até o dia 4 de agosto de 1875, data de
sua morte, na cidade de Copenhague, onde está sepultado.
Escrito por Cristiano
Souza
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